VISITAS SÃO SUSPENSAS NA CADEIA DE SARANDI E CLIMA FICA TENSO

Por Wilame Prado e Roberto Silva

O clima é de tensão na Cadeia Pública de Sarandi. Por causa da interdição ocorrida em razão da superlotação e dos casos registrados de detentos com tuberculose, as visitas estão proibidas desde a semana passada.

Neste sábado (21) as visitas também estarão suspensas. Segundo o superintendente e investigador da delegacia de Sarandi, Carlos de Oliveira, apenas a entrada de alimentos está autorizada na cadeia.

A suspensão das visitas poderá se estender até o prazo de 90 dias da interdição, iniciada dia 10 de janeiro, ser cumprido.

"A preocupação de motins é constante na cadeia de Sarandi, mas sem as visitas as coisas pioram. Os presos não gostam de ficar sem visitas. Desde a interdição ainda não registramos nenhuma tentativa de rebelião na cadeia, mas estamos temerosos", afirma Oliveira.

Saúde pública
Em condições precárias de higiene em razão da superlotação, o superintendente diz ser quase impossível acabar com as doenças infecciosas na cadeia. Segundo ele, seria necessário esvaziar a cadeia para fazer uma higienização completa, limpando todas as paredes e piso.

Não permitir as visitas foi uma medida de saúde pública para evitar o contágio das famílias e de outras pessoas também fora da cadeia. Atualmente há 186 detentos na cadeia de Sarandi, que oficialmente deveria receber no máximo 46 presos.

Exames nos funcionários
Os funcionários da Cadeia Pública de Sarandi, incluindo policiais e delegados, passaram por exames médicos na quinta-feira (19) em um laboratório autorizado.

O objetivo é averiguar se há casos de tuberculoses também em quem trabalha na cadeia. Os resultados serão divulgados no começo da semana que vem.

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