terça-feira, 19 de julho de 2011

PAULO VIDIGAL DESABAFA

Por Paulo Vidigal

Olá meus queridos leitores. Escrevo essas linhas com a emoção à flor da pele, o que muito provavelmente acabará soando como um desabafo. Não um desabafo de ira ou raiva, mas um desabafo sereno. Hoje foi um dia especial para mim. Fui reintegrado à Prefeitura de Maringá.  Como sabem fiquei exonerado por seis meses e reintegrado por uma decisão judicial. Diga-se de passagem, uma decisão que inclusive anulou o processo administrativo que me exonerou. A justiça, no que diz respeito à minha reintegração, foi feita. Sou filho de um motorista da prefeitura e neto de um avô que também era servidor, foi motorista de ambulância até aposentar-se. Ambos, pessoas simples, com pouco estudo, mas muito caráter. Com minha reintegração, motivada pelas palavras de um juiz, ficou provado que minha demissão foi arbitrária e injusta. E mais, nada fiz para que devesse me envergonhar ou que pudesse envergonhar minha família. Volto pela porta da frente e de cabeça erguida.

Vale dizer que não retornei ao local que trabalhava antes de ser exonerado.  Fui transferido para outro local, é claro, na função de auxiliar de enfermagem. Função na qual fui aprovado em concurso público no ano de 2002.
Gostaria de deixar um recado à essa administração, afinal sei que lêem o blog. Um recado senhores, sincero e feito por alguém que está com a alma leve e lavada: independente de qualquer questão, retornando ao trabalho volto à prestar aos usuários, ou pacientes, a melhor assistência possível.  Um atendimento que prestaria à um familiar meu ou o  atendimento que eu mesmo gostaria  de receber se precisasse.  Com respeito à isso, estejam tranqüilos. E por favor, me deixem em paz. Essas pessoas não têm culpa da administração que impera e, menos ainda, de tudo que sofri durante os últimos anos.
Continuarei na luta, pois esse processo, apesar de tão doloroso, me ensinou muito e me deixou mais forte ainda.
Agradeço muito aquelas pessoas que estiveram ao meu lado. Principalmente minha família que acompanhou tudo de perto, à Rozilda, aos servidores e camaradas da CSP-Conlutas.
Parafraseando Chico Buarque, “... amanhã vai ser outro dia”.

Fico muito feliz por você amigo lutador, parabéns!
( Alessandro Moura )

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