quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

27 DE JANEIRO - DIA DA ELEVAÇÃO DA BRASIL VICE-REINADO ( 1763 )

Com a elevação do Rio de Janeiro á condição Capital do Brasil, em 1763, o coração da cidade passou a pulsar em torno do Paço dos Vice-Reis, que antes já era a Paço dos Governadores e da Rua Direita. Na segunda metade do Século, finalmente a cidade ultrapassou o quadrilátero imaginário entre os quatro morros originais. Começaram a surgir novos bairros e antigos caminhos se transformaram em ruas e a urbanização se desenvolveu.
O primeiro grande passo para a estruturação urbana da Cidade só aconteceria na passagem para o século XVIII, com a revolução ocorrida na economia e nas atividades da Cidade devido à descoberta de ouro em Minas Gerais. O Rio adquiriu um movimento febril, com grande demanda por bens e serviços. Os desbravadores que aqui passavam, em busca das riquezas do interior, voltavam carregados de ouro e pedras preciosas, que eram então embarcados para Portugal. Esse ostensivo envio da riqueza mineral para os cofres de Lisboa mudou a configuração geopolítica entre os dois países.
O último dos governadores, Gomes Freire de Andrada, o conde de Bobadela, que administrou a Cidade por 30 anos ininterruptos (1733-1763), deu ao meio urbano carioca uma consolidação digna da futura Capital do Vice-Reino, pois crescera a importância econômico-política da seção meridional da colônia, comparativamente ao desenvolvimento quase estacionário das capitanias do norte.
O Rio de Janeiro torna-se centro das atenções do reino português e o País atinge sua condição de sustentáculo político e econômico desse poder. O período dos sete vice-reis, que dura de 1763 a 1808, é marcado por uma série de melhoramentos que dão à Cidade, particularmente ao seu Centro, uma fisionomia urbana renovada.
A ocupação do Centro já havia ultrapassado a rua Da Vala, que o vice-rei conde da Cunha (1763-1767) calçara com lajes de pedra. Ele também favoreceu o adensamento populacional ao ceder terrenos para moradores abastados que viviam em fazendas e chácaras, longe do núcleo central, dando incentivo à construção de novas residências.
Em 1808, fugindo das guerras napoleônicas que ameaçavam invadir a Península Ibérica, a Corte portuguesa chega ao Brasil, tendo à frente D. Maria I e seu filho, o príncipe regente D. João, trazendo em sua comitiva cerca de 10 mil novos habitantes para o Rio de Janeiro. Com a chegada do príncipe, o Brasil foi elevado à condição de reino e teve início uma profunda remodelação da Cidade.
A trasladação da Corte encerra o regime colonial, extinguindo as funções dos vice-reis. A Cidade prepara-se então para ser a sede do Império Português. O Centro expande seus limites para a Zona Sul, Zona Norte e São Cristóvão. Era necessário ocupar outros espaços para corresponder às novas atribuições da capital de dois reinos, Portugal e Brasil. Aclamado rei, um dos primeiros atos de D. João VI foi abrir os portos às nações amigas, multiplicando o movimento comercial do Rio de Janeiro e trazendo nova vida ao meio urbano, atraindo imediatamente uma imigração em larga escala.

FONTE: CALENDÁRIO.NET

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