terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

CASAS DESTRUÍDAS POR MOTONIVELADORA AINDA NÃO FORAM RESTAURADAS

Moradores de Sarandi que no início do mês assistiram a uma motoniveladora de 14 toneladas entrar nas casas deles, derrubar muros e paredes e destruir o que encontrava pela frente, até agora continuam à espera que os imóveis sejam restaurados. A empresa proprietária da máquina que provocou a destruição garante que as duas residências serão reconstruídas assim que forem vencidos os trâmites legais.

As seis pessoas da família de Helena Pereira da Silva passaram algumas noites em um hotel e há mais de três semanas estão em um apartamento de quatro cômodos na Avenida Nova Londrina, a apenas dois quarteirões da casa que teve parte derrubada. Tudo por conta da empresa dona da motoniveladora.
 Já a família da viúva Noêmia Lina da Silva continua na casa que teve a garagem e parte do muro arrancadas, colunas abaladas e está com várias rachaduras. A permanência deve-se ao fato de não ter sido encontrada uma casa para alugar de acordo com as exigências da família, mas possivelmente mudem-se ainda hoje para uma residência temporária.

"Já temos uma construtora que vai fazer as obras necessárias assim que as casas estiverem desocupadas", disse ontem o engenheiro Lucas Fukagawa, da Conterpavi, empreiteira que realiza o asfaltamento do Jardim Bela Vista. Segundo ele, a construtora é que verificará e definirá tudo o que vai precisar ser feito para que as casas sejam devolvidas às famílias em boas condições.

"Estou tranquila e confiante, pois embora haja uma demorando nas decisões, a Conterpavi e a prefeitura foram atenciosas, procurando-nos ainda no dia do acidente e se propondo a consertar as casas", diz Helena. A preocupação dela é que o imóvel não fique com defeitos. "Além das paredes, várias colunas foram rachadas ou abaladas e espero que cuidem para que não tenhamos problemas depois", destacou.


Condutor fantasma


O acidente que destruiu partes das duas casas na Rua Ponta Porã, que divide os jardins Esperança e Bela Vista, virou caso de polícia e depois de ouvidos representantes dos proprietários da motoniveladora, famílias atingidas e testemunhas, foi aberto um inquérito na Polícia Civil. A novidade é que a investigação poderá tomar um novo rumo por a polícia suspeitar que a explicação dos funcionários da Conterpavi para o acidente não seja verdadeira.

No dia do ocorrido, a versão era de que as máquinas que trabalhavam na pavimentação estavam sendo guardadas no pátio de obras, em um terreno ao lado da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, quando um garoto de cerca de 12 anos subiu na motoniveladora, apanhou as chaves em uma caixinha, ligou e começou a andar com a máquina. Segundo a versão, o garoto saltou, enquanto o pesado equipamento cruzou a rua e invadiu as duas casas.

De acordo com o superintendente da Polícia Civil, Carlos de Oliveira, a versão precisa ser confirmada, pois até ontem ninguém mais viu o menino. A rua é muito movimentada, o horário, por volta das 17h30, era de grande fluxo, no entanto, as pessoas ouvidas falam de ter visto a máquina se locomovendo sem condutor, mas ninguém confirmou a presença do garoto. Nem no Jardim Bela Vista, nem no Esperança há informações sobre quem possa ser ou onde more o menino.

Com o inquérito, o caso agora está nas mãos do delegado José Maurício de Lima Filho, que poderá intimar o operador da máquina para que dê informações mais precisas.


FONTE: O DIÁRIO

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