terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Superlotada e com caso de tuberculose, Delegacia de Sarandi é interditada

Por Wilame Prado



Com um número quatro vezes maior do que a capacidade máxima de detentos, a Delegacia de Sarandi, região metropolitana de Maringá, foi interditada pela Vigilância Sanitária às 10h desta terça-feira (10).

Atualmente há 192 detentos na carceragem, que tem capacidade máxima para 50 pessoas, segundo o delegado-chefe José Mauricio de Lima Filho. Por causa das péssimas condições de higiene, da superlotação e dos históricos de detentos que contraíram doenças infecciosas, a vigilância optou pela interdição.

Nenhum novo detento ou visitantes podem entrar na delegacia. Com a interdição, de acordo com o delegado, quem for autuado em Sarandi deverá ser encaminhado a outras delegacias da região.


O detento que está com tuberculose será encaminhado ao Complexo Médico Penal, em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (11). Lima Filho afirma que outros quatro detentos com casos confirmados de tuberculose já foram encaminhados ao complexo médico no dia 20 de dezembro do ano passado.


Haverá um trabalho de desinfecção e todos os detentos farão novos exames clínicos para averiguar se há mais casos de tuberculose. A vigilância sanitária deu um prazo de 90 dias para realizar uma nova vistoria e verificar se ainda há o foco de doenças na cadeia.


Saúde pública


Na opinião de Lima Filho, só uma delegacia em Sarandi, que hoje conta com mais de 100 mil habitantes, já não é suficiente para o número de presos encaminhados. "Um terreno foi doado e o Governo do Estado ficou de construir uma outra delegacia em Sarandi. Mas o projeto ainda está no papel", diz.

"O problema é de superlotação e de saúde pública. Provavelmente um detento entrou na delegacia com tuberculose e passou a doença a outros presos. Não temos problemas com segurança, já que há cinco anos não registramos fuga de presos", informa o delegado.

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