quinta-feira, 22 de setembro de 2011

POR ASFALTO, MORADORES INTERDITAM RUA NO JARDIM PANORAMA

Arlete Dionizio reclama que a Júlio Limonta será a única a ficar sem pavimentação no Jardim Panorama
Por Vanda Munhoz




Moradores do Jardim Panorama, em Sarandi, reivindicam asfalto na Rua Júlio Limonta, limite com Maringá. Com galhos, troncos de árvores, terra e um pouco de entulho, a comunidade do local interditou a Rua Euclides da Cunha que dá acesso à Limonta. Fechada para o trânsito de veículos há cerca de dez dias, eles querem forçar as prefeituras das duas cidades a pavimentarem a via em um trabalho conjunto.
Eles destacam que o bairro está todo asfaltado e o Jardim Ibirapuera, que fica em Maringá, também recebe pavimentação. "Mas o limite ficará na terra, os moradores sofrem com a poeira ou barro", diz o comerciante Claudinei Cortez Berteli, que sugeriu a reportagem. Ele ressalta que a Júlio Limonta é uma via importante que dá acesso a outros bairros da cidade de Sarandi.
Fazendo uma comparação com outro caso semelhante, Berteli cita como exemplo a Rua Camilo Bulla, entre o Jardim Atlanta, em Sarandi, e o Parque Alvamar, em Maringá, que foi asfaltada em 2009, depois de um protesto de moradores. "Agora, a Limonta será a única no limite das duas cidades sem asfalto", diz.
Quem transita ou reside nas proximidades, reclama muito. Moradora do Panorama há 34 anos, a vendedora ambulante Gedalva Ribeiro da Silva, 56, fala da poeira e do barro.
"Precisamos urgentemente de asfalto e galeria pluvial. Os dois prefeitos, de Maringá e Sarandi, precisam se unir para resolverem o problema. Quando chove a água invade as casas", descreve.
A dona de casa Arlete Dionizio, 61, que reside no Panorama há 14 anos, reforça as reclamações. "Na idade em que estou, tenho que lavar a calçada de casa todos os dias. Isso sem contar na alergia que a poeira provoca, especialmente nas crianças", diz.
Para a dona de casa Jaqueline Ângela da Cruz, 40, há trinta anos residente no bairro, os moradores estão sendo esquecidos pelo poder público. "Nós pagamos impostos e estamos na lama e na poeira", reclama. Ela comenta que a Rua Júlio Limonta ficou um caos depois que a máquina da prefeitura aplainou a terra.
"Ficou pior ainda, principalmente quando chove. Coitado de quem mora mais para baixo. Os moradores fecharam a rua porque ficou intransitável", declara.
O secretário municipal de Urbanismo de Sarandi, Elton Toy, afirma que a administração procura uma solução em conjunto com Maringá. "Mas, ali não é só fazer asfalto. É um local baixo que recebe águas pluviais de bairros das duas cidades. Isso exige uma grande galeria pluvial. As soluções não são baratas, talvez tenhamos que buscar recursos com o governo federal", explica informando que ainda não há valores definidos. O secretário disse ontem que não tinha informação de que os moradores do Panorama interditaram a rua.
O secretário municipal de Controle Urbano e Obras Públicas de Maringá, Laércio Barbão, disse, por meio da Assessoria de Imprensa da prefeitura, que o asfalto na Júlio Limonta não é prioridade porque o município tem um projeto para fazer duas ligações para Sarandi a partir da Zona Sul de Maringá. Segundo ele, são dois locais que têm grande movimento e que precisam das obras.

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