quarta-feira, 3 de agosto de 2011

03 DE AGOSTO DIA DO CAPOEIRISTA


A capoeira surgiu no início do Brasil colonial, quando havia o sistema escravocrata. Os escravos trazidos da África trouxeram uma dança composta de gestos que imitavam os animais, em que os pés e o gingado do corpo tinham destaque. Era o jogo angolano da "dança das zebras", disputa festiva pelo amor de uma mulher. Formava-se uma roda, em meio ao canto e à dança, e, no centro, dois capoeiristas davam início à luta, cujo vencedor ficava com a amada.

O primeiro canto, entoado geralmente pelo capoeirista mais antigo que fazia parte da roda, é hoje acompanhado não só por berimbaus, mas também por atabaques, ganzás, agogôs e pandeiros.

Em razão da intensidade com que os escravos eram oprimidos e castigados pelos senhores de engenho, e da escassez de armas, os simples gestos dessa dança se transformaram em movimentos de defesa. A observação do comportamento dos animais brasileiros, particularmente o lagarto, a cobra e a onça, que atacam e se defendem com destreza, ajudou os escravos a criarem um conjunto de movimentos que reuniu a agilidade, a técnica e a força, utilizadas inicialmente nas rasteiras, nos pulos, nas cabeçadas que iriam se desenvolver posteriormente.

A origem do nome é controvertida. Alguns dizem que "capoeira" veio do tupi-guarani, com o significado de "descampado em meio ao mato alto ou clareira". Chamava-se, então, de "capoeira" o negro que jogava, porque o mato baixo das capoeiras era ideal para a prática dos movimentos. Em Portugal, "capoeira" é a gaiola na qual são carregados frangos. Assim, capoeira era o nome dado aos negros, porque carregavam frangos para o mercado.

A capoeira se divide basicamente em duas correntes: angolana e regional. O ritmo angolano é mais lento e cadenciado. O regional é ligeiro, marcado por uma seqüência de golpes.

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