quarta-feira, 6 de abril de 2011

MORADOR RELATA ATAQUE DE ONÇA A CAVALO EM SARANDI

Há uma semana, as noites do servidor público Marcos Jenuário do Nascimento deixaram de ser tranquilas. Morador do antigo clube do Grêmio Maringá, no distrito do Vale Azul, no limite entre Maringá e Sarandi, na beira do Ribeirão Pinguim, ele afirma que no dia 29 de março um cavalo foi atacado por uma onça, ao lado da casa onde mora.
"Eram umas sete da manhã quando meu pai encontrou o potro todo detonado", conta. O irmão de Marcos fez imagens do animal com um celular. Nas cenas, é possível ver que um pedaço da parte traseira do animal foi dilacerada e que havia uma marca no pescoço e várias mordidas pelo corpo.
"O cavalo também estava com umas costelas quebradas. No final, tivemos que sacrificar e enterrar. Ligamos para os bombeiros, para a polícia, para a prefeitura, mas ninguém veio aqui", diz.
Agora, a preocupação maior de Nascimento é com as crianças que moram na chácara. "Se atacou um cavalo, imagina o que esse bicho não faria com uma criança. Eu mesmo saio para trabalhar todo dia por volta das 4h. Imagina se esse bicho aparece", relata.

Divulgação
Nascimento mostra um dos locais por onde a suposta onça teria passado; moradores desconhecem caso

Movimentação
No dia do ataque, o servidor público diz que acordou no meio da madrugada com os cães latindo. "A cachorrada latia muito, mas estavam acuados perto da casa. Minha esposa falou para eu sair e ver o que estava acontecendo no quintal, mas não tive coragem", afirma.
Mesmo sem sair, Nascimento diz que pela janela viu o cavalo correndo do animal. Ao ser questionado se teria visto a onça durante aquela noite, Nascimento disse que não. "Ver, não vi. Mas a pegada que vi no dia seguinte era de onça. Parecia o punho de uma pessoa." Ontem, uma semana depois do episódio, não havia nenhuma marca pelo terreno.
Segundo o servidor, apesar dele não ter visto a onça, uma pessoa que trabalha próximo dali teria visto o animal. "Teve um porteiro que viu um casal de onças pardas por aqui", conta.
Ontem à tarde, à beira de uma lagoa, a cerca de dois quilômetros do local onde o cavalo foi atacado, alguns adolescentes que pescavam próximo dali mostraram algumas pegadas que poderiam ser de um felino, mas não é possível afirmar se seriam de uma onça.
Nascimento disse ainda que teria informações de outros ataques a aves e animais de pequenos porte, mas a reportagem não conseguiu localizar nenhuma outra vítima.
Alguns moradores do Vale Azul, questionados pela reportagem, disseram desconhecer a história. Outros afirmam que ouviram histórias de quem viu o animal. Também houve quem ironizou a situação. "Moro aqui há 40 anos e nunca vi uma onça. Isso não existe por aqui. O cavalo deve ter sido morto por cachorros", disse o dono de uma propriedade próxima.

FONTE: O DIÁRIO.COM

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