Daquelas mãos jorram tintas ilusionistas e cego meus olhar se encanta,
No fundo, no canto dos olhos, o objetivo: A cama!
As mãos plurais perdem a linha, jamais o poema, e os dedos advinham,
Amiúde, a cava úmida e expandida, enfim, a rima proclama,
Versos impudicos do subterrâneo confesso em líquido, que é eco,
Na hora mortal, qual estrela falecida na noite antiga.
Ah, se morrer em teu céu, um dia fosse, eu daria voz e vida!
No entanto, sem tuas pegadas, minha terra mingua em fadiga.
Escreve na minha cara cretina, de suspirar impossibilidades, a poesia maldita,
Sombra a devorar luz, macho a seduzir fêmea, sem hesitação.
Penetre-me varando linguagem etérea, que tinge idéia, o coito,
Pintura cínica de mulher que come cru o poeta em inspiração.
FONTE: FACES DO POETA
1 comentários:
Fantástico como o poeta consegue, com palavras, transmitir a intensidade dos sentimentos...
Lindo, ousado e sensual!!!
Postar um comentário