segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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Daquelas mãos jorram tintas ilusionistas e cego meus olhar se encanta,
No fundo, no canto dos olhos, o objetivo: A cama!
As mãos plurais perdem a linha, jamais o poema, e os dedos advinham,
Amiúde, a cava úmida e expandida, enfim, a rima proclama,


Versos impudicos do subterrâneo confesso em líquido, que é eco,

Na hora mortal, qual estrela falecida na noite antiga.

Ah, se morrer em teu céu, um dia fosse, eu daria voz e vida!
No entanto, sem tuas pegadas, minha terra mingua em fadiga.



Escreve na minha cara cretina, de suspirar impossibilidades, a poesia maldita,

Sombra a devorar luz, macho a seduzir fêmea, sem hesitação.

Penetre-me varando linguagem etérea, que tinge idéia, o coito,
Pintura cínica de mulher que come cru o poeta em inspiração.

FONTE: FACES DO POETA

1 comentários:

Fantástico como o poeta consegue, com palavras, transmitir a intensidade dos sentimentos...
Lindo, ousado e sensual!!!

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